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Análise Fundamentalista

Atualizado: 15 de jan.

No mundo dos investimentos, existem duas escolas de pensamento principais. A escola técnica e a escola fundamentalista. A ideia aqui não é alongar muito tempo na explicação do que é a análise técnica, mas resumindo, esta escola parte do pressuposto de que é possível prever tendencias por meio de gráficos com informações passadas e presentes de determinado ativo.


Já a escola fundamentalista se divide em duas partes, uma qualitativa e outra quantitativa e parte do pressuposto que os preços atuais podem não refletir o valor justo do ativo em questão pois as informações do mercado são assimétricas, e, de que é necessário conhecer a empresa a fundo para poder determinar um valor justo.


Para se chegar a um valor justo, existem algumas ferramentas que podem ser utilizadas, como por exemplo a análise de DDM (Dividend Discount Model) ou de DCF (discounted cash flow) através da projeção do Fluxo de Caixa Livre para a Firma ou do Fluxo de Caixa Livre para o Acionista. Esta metodologia talvez seja a mais utilizada pelo mercado.


Um ponto que vale destacar é que o valor encontrado não é uma informação objetiva, ou seja, cada analista pode chegar em números diferentes partindo de premissas individuais de cada um. Podemos inclusive não chegar a apenas um valor, e sim a uma gama de valores diferentes se utilizando de diversos cenários possíveis para prever o comportamento da empresa e da economia.


Em conjunto com a análise quantitativa de fluxo de caixa descontado, o analista fundamentalista deve ter um bom conhecimento de ciências contábeis para entender a fundo os relatórios contábeis da empresa em questão, aprendendo a identificar aspectos que merecem um pouco mais de atenção.


Aliado a isto, não podemos nos esquecer de um dos pontos mais importantes da análise fundamentalista, conhecer e compreender a empresa. É necessário conhecer as instalações, o conselho, controladores, entre outros. Estas informações podem ser subjetivas, mas não menos necessárias para se entender a empresa. 


Um Pouco Sobre o Nosso Processo


Nosso processo de seleção de ativos é realizado em alguns passos. Começamos por entender em quais setores da economia queremos estar e o porquê. Por exemplo, o setor de energia elétrica (geração e transmissão) é altamente rentável e essencial para a sociedade, possuidor de receitas estáveis e relativamente previsíveis, costuma ter boas margens e pagar dividendos de forma constante.


O próximo passo consiste em se aprofundar nas empresas e definir em quais queremos estar presentes. Neste momento, é necessário estudar a fundo os relatórios contábeis das empresas e checar alguns indicadores chaves, como por exemplo, margem bruta, margem líquida, indicadores de endividamento, ciclo financeiro, necessidade de capital de giro, entre outros. Outros aspectos importantes a serem analisados são a composição dos conselhos e comitês das empresas e quem é o controlador. A partir disto, conseguimos entender quais são as empresas mais saudáveis e com eventual vantagem competitiva.


Seguimos então para o valuation da empresa. Nesta etapa entram as ferramentas de valuation (em nosso caso, DDM ou DCF, a depender do caso que estamos estudando). O foco aqui é chegar a um valor que sob nossa ótica faz sentido ser pago por determinada empresa, como no exemplo abaixo:


DCF

Por último, adicionamos a empresa em nosso portfólio e então começa a fase de constante reavaliação e análise de resultados da empresa. Vale notar que sempre que possível vistamos as empresas, tentando obter uma análise subjetiva a respeito da qualidade e seriedade da operação como um todo.


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